Se a missão de mudar o mundo estivesse em suas mãos, quem
você escolheria para formar a equipe dessa armada? Jesus não teve apenas doze
discípulos, mas o número no início de seu ministério era de aproximadamente
setenta e dois discípulos. Nas suas mãos estava a responsabilidade de mudar o
mundo. Jesus, abalou os alicerces da ciência, e dividiu a História no meio.
Surpreendeu-nos com sua intrigante história. Trinta anos havia se passado e a
estação da madeira ficou para trás, agora é a hora de deixar Nazaré, e partir
para o mundo, para cumprir a missão que o Pai lhe outorgara realizar. Para esse
feito, foi batizado no Jordão por João Batista, a sua essência foi provada em
quarenta dias no deserto, e agora, é chegado o momento do chamado. Desde a
Eternidade ele já sabia quem iria sentar nas carteiras de sua escola
apostólica. Ele usou um método classificatório totalmente diferente que
qualquer mestre usava para formar sua escola. Seus discípulos foram homens
comuns, alguns sem cultura, outros inteligentes, alguns apaixonados, outros
extremamente racionais, O Mestre não tinha lá os seus preferidos, apenas alguns
que ousaram fazer a diferença e conquistaram a sua atenção de modo especial. O
Mestre não os via como dificuldades, mas como possibilidades. No caráter deles
foi trabalhando com um amor incondicional. E em três anos e meio, ele alicerçou
uma escola de pelo menos quinhentos alunos, doze se destacaram, não foi grande
na proporção do Mestre que a conduzia, o tempo também não foi longo, mas tanto
a escola como o tempo foi tudo o que Jesus precisava para desenvolver uma
revolução que mudaria para sempre o futuro da humanidade.
Os primeiros discípulos- Jo 1. 35-37, 43,
47-51; Lc. 5. 1-11
É muito bonito ler o evangelho de João, e parece até que o
ouvimos discursar sobre o Verbo de Deus, que estava com Deus, e esse Verbo era
o próprio Deus, e esse Verbo se transformou em carne e esteve entre nós. João
tinha uma habilidade emocionante quando escrevia e essa emoção é sentida por
todo aquele que lê seu evangelho e suas cartas. Logo após o batismo, João
Batista testemunha acerca de Jesus o seu primo, identificando-o com o Cordeiro
de Deus que tira o pecado do mundo, dois discípulos seus ao ouvirem esse
testemunho logo em suas mentes nasce uma curiosidade: Quem é esse que até nosso
mestre fala acerca dele? Que homem é esse que o nosso mestre testemunha acerca
dele e se declara indigno até de lhe desamarrar as correias da sandália? O mais
lógico aconteceu, eles saíram no encalço de Jesus.
Eles não buscavam um milagre, porque até aquele momento
nenhum milagre de Jesus era público, eles nem sequer queriam salvação porque
eles não sabiam que Jesus era o Salvador. Pergunta mais intrigante eles não
podiam ouvir de Jesus. “ o que vocês
estão procurando?” Eu gostaria de
saber, o que levou jovens judeus a largarem tudo e seguirem um homem
desconhecido? Eles seguiram Jesus sem saber quem ele era de verdade. Pergunta
mais nobre os jovens judeus não podiam fazer a Jesus, “Mestre, aonde moras?” Qual a
expectativa que havia no coração desses jovens com relação ao lugar que Jesus
morava? Provavelmente era uma casa simples mas bem decorada, de uma vez que ele
era carpinteiro, então pôde fazer os móveis da melhor maneira possível e
decorar sua casa da maneira que ele sempre quisera organizar. Eu imagino a
emoção que pairava sobre o coração daqueles discípulos, a expressão em seus
rostos demonstra admiração. Com que emoção você entraria na casa do Salvador?
Os primeiros discípulos tiveram um privilégio que nenhum outro discípulo teve:
eles passaram um dia a mais com Jesus. Constantemente, a vida nos leva a uma
bifurcação na estrada, e a bifurcação é a seguinte: Em que mundo você vai viver
hoje? Os discípulos desfrutaram a beleza de um dia com Jesus. E esse Jesus quer
nos levar para a sua casa e ali nos fazer viver um dia na beleza da sua
companhia.
Um daqueles discípulos se chamava André, irmão de Simão, e
por meio dele, Simão teve o primeiro contato. No dia seguinte, Jesus viu
Filipe, lançou sobre ele um simples chamado e este sem questionar, o seguiu.
Mais uma vez aqui eu paro para exaltar esse Homem-Deus, que com um simples
convite feito ao homem, logo, o seguia. Sem apelos, promessas e promoções de
sucesso, sem salário, as pessoas simplesmente eram abaladas com esse simples
convite. Suas palavras penetrava o âmago da ignorância de um povo escravizado e
roubado, resgatava a sensibilidade roubada do povo, e vendia para eles vida.
Jesus não era simplesmente um semeador do potencial humano, ele era um vendedor
de vida em potencial, o preço por ele cobrado se soletrava assim: G-R-A-Ç-A. Filipe
se apaixonara por aquele Mestre desde o primeiro contato com ele, e assim como
a criança que ganha um presente e na emoção quer gritar para o mundo inteiro
sobre aquele presente, Filipe logo foi falar do Mestre para o seu irmão
Natanael . O encontro de Jesus com Natanael é por demais revelador. O fato que
Jesus menciona que viu Natanael embaixo da figueira, é um símbolo de proteção.
Na época de seu nascimento, aconteceu a dizimação dos pequeninos, e a família
de Natanael se escondera embaixo de uma figueira para fugir da perseguição dos
soldados que massacraram os garotos com idade inferior a dois anos. Para todo
judeu, a figueira era uma expressão que simbolizava proteção. Quando Jesus
falou que viu Natanael, debaixo da figueira, ele tocou na intimidade em
detalhes de Natanael, e assim ele reconheceu que aquele homem diante dele não
era simplesmente um mestre, mas um profeta. Jesus, cita os céus aberto, e anjos
subindo e descendo sobre o Filho do Homem. Citando uma interpretação
reveladora, acerca da visão de Jacó no deserto, quando ele sonhou com a escada
que do céu tocava a terra e anjos subiam e desciam sobre ela. (Gen. 28. 10-13)
Dias depois Jesus se encontra com Pedro, Tiago, André e
João. Eles estão frustrados por pescarem e não terem apanhado nada, quando
Jesus aparece e lhes ordena lançarem a rede do outro lado, confiantes na
palavra do Mestre, assim fazem. Os peixes, veem em abundância. A pesca assolada
se transforma em uma pesca maravilhosa. O chamado é feito. Eles largam tudo e
seguem o Mestre. Ser discípulo de Jesus era renunciar tudo para segui-lo.
Os Doze discípulos de Jesus- Uma
síntese do perfil de um por um.
Pedro
Discípulo de Jesus nascido em Betsaida, Galiléia. As
principais fontes de informação sobre sua vida são os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João),
onde aparece com destaque em todas as narrativas evangélicas, os Atos dos Apóstolos, as epístolas de Paulo e as duas epístolas do próprio apóstolo. Filho de Jonas e irmão do apóstolo André, seu nome original
era Simão e na época de seu encontro com Cristo morava em Cafarnaum, com a família
da mulher (Lc 4,38-39). Pescador, tal como os apóstolos Tiago e João,
trabalhava com o irmão e o pai e foi apresentado a Jesus por seu irmão, em
Betânia, onde tinha ido conhecer o Cristo,
por indicação de João Batista.
No primeiro encontro Jesus o chamou de Cefas, que significava pedra, em aramaico. Junto com seu irmão e os
irmãos Tiago e João
Evangelista, fez parte do círculo íntimo de Jesus entre os doze, participando dos mais
importante milagres do Mestre sobre a terra. Teve, também, seus
momentos controvertidos, como quando usou a espada para defender Jesus e na
passagem da tripla negação. Após a Ascensão,
presidiu a assembléia dos apóstolos que escolheu Matias para substituir Judas Iscariotes, fez seu
primeiro sermão no dia de Pentecostes e peregrinou por várias cidades. Fundou
as linhas apostólicas de Antióquia e Síria, as mais antigas sucessões do
Cristianismo, precedendo as de Roma em vários anos, que sobrevivem em várias
ortodoxias Sírias. Encontrou-se com
Paulo, ou Paulo de
Tarso, em Jerusalém, e apoiou a iniciativa deste, de incluir os não
judeus na fé cristã, sem obrigá-los a participarem dos rituais de iniciação
judaica. Após esse encontro, foi preso por ordem do rei Agripa I, encaminhado à Roma
durante o reinado de Nero,
onde passou a viver. Ali presidiu à comunidade cristã, base da Igreja Católica
Romana e, por isso, segundo a tradição, foi executado por ordem do imperador, no
mesmo ano de Paulo e pelo mesmo motivo, mas em ocasiões diferentes. Conta-se,
também, que pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por se julgar
indigno de morrer na mesma posição de Cristo.
André
Apóstolo de Jesus
Cristo nascido em Betsaida da
Galiléia, também conhecido como o Afável foi escolhido para ser um dos Doze, e
nas várias listas dos Apóstolos dadas no Novo Testamento é sempre citado entre
os quatro mais importantess, junto com Pedro, João e Tiago,
sendo seu nome mencionado explicitamente três vezes: por ocasião do discurso
sobre a consumação dos tempos de Jesus,
na primeira multiplicação dos pães e dos peixes e quando, juntamente com Filipe, apresentou ao mestre
alguns gentios. Também pescador em Cafarnaum, foi o primeiro a receber de Cristo o título de Pescador de Homens e, portanto, o primeiro a recrutar
novos discípulos para o Mestre.
Filho de Jonas tornou-se discípulo do João Batista, cujo testemunho o
levou juntamente com João Evangelista a seguirem Jesus e convencer seu irmão mais velho, Simão Pedro a seguí-los. Desde aquele momento os
dois irmãos tornaram-se discípulos do Senhor e deixaram tudo para seguí-lo. No
começo da vida pública de Jesus ocuparam a mesma casa em Cafarnaum.
Segundo as Escrituras esteve sempre próximo ao mestre durante sua vida pública. Estava
presente na Última Ceia,
viu o Senhor Ressuscitado,
testemunhou a Ascensão,
recebeu graças e dons no primeiro Pentecostes e ajudou, entre grandes ameaças e
perseguições, a estabelecer a Fé na Palestina, passando provavelmente por
Cítia, Épiro, Acaia e Hélade. Para Nicéforo ele pregou na Capadócia, Galácia e
Bitínia, e esteve em Bizâncio, onde determinou a fundação da Igreja local e
apontou São Eustáquio como primeiro bispo. Finalmente esteve
na Trácia, Macedônia, Tessália e Acaia. Foi na Grécia, segundo a tradição,
durante o reinado de Trajano,
que foi crucificado em Patros da Acaia, cidade na qual havia sido eleito bispo,
por ordem do procônsul romano Egéias.
Atado, não pregado, a uma cruz em forma de X, que ficou conhecida como a cruz de Santo André, embora que
a evidência generalizada deste tipo de martírio não seja anterior ao século
catorze.
João
Um dos 12 e o mais jovem das apóstolos de Cristo e nascido em Batsaida, na
Galiléia, autor do quarto evangelho e conhecido como o discípulo que Jesus amava, o único apóstolo que acompanhou Cristo
até a morte na cruz, ao lado das “Marias”, ocasião
em que lhe foi confiada a tarefa de cuidar de Maria,
a mãe de Jesus. Filho do
também pescador Zebedeu e de Salomé,
uma das mulheres que auxiliavam os discípulos de Jesus, juntamente com o irmão
mais velho, Tiago o Maior, tabalhava também
como pescador no lago de Genezaré, quando foi convidado a seguir Jesus, logo depois de Pedro e André. Com seu irmão,
juntamente com Pedro e André,
foram os discípulos privilegiados e participaram do círculo mais íntimo junto a Jesus. Presenciaram a
ressurreição da filha de Jairo,
a transfiguração de Jesus na montanha e sua angústia no
Getsêmani. Os dois foram os únicos apóstolos que ousaram pedir a Cristo que lhes fosse dado sentar um à
direita, outro à esquerda. Da resposta de Jesus "do cálice que eu
beber, vós bebereis" deriva a suposição de que os dois se
distinguiriam dos demais pelo martírio. Viveu ainda mais de 70 anos depois da
morte de Jesus Cristo.
Esteve em Jerusalém (37) e depois por ocasião do Concílio dos Apóstolos, que se
realizou em Antióquia. Após as perseguições sofridas em Jerusalém, transferiu-se
com Pedro para a Samaria, onde desenvolveu uma
intensa evangelização. Mudou-se para Éfeso (67), onde viveu o resto de sua
vida, morreu e foi sepultado. A partir dessa cidade, dirigiu muitas Igrejas da
província da Ásia e foi ali escreveu o Quarto
Evangelho, o último dos
Evangelhos canônicos, e as Epístolas,
três cartas aos cristãos em geral. De acordo com os Atos dos Apóstolos, quando
acompanhou Pedro na catequese dos Samaritanos, com ele
foi convencido por Paulo a desistir da imposição de práticas
judaicas aos neófitos cristãos. Durante o governo deDomiciano (81-96), foi exilado (93-97) na ilha
de Patmos, no mar Egeu, onde escreveu o Livro
do Apocalipse ou Revelação, que é o derradeiro
livro da Bíblia, e narrou
as suas visões e descreveu mistérios, predizendo as atribulações da Igreja e o
seu triunfo final. O seu evangelho difere dos outros três que são chamados sinóticos ou semelhantes,
pois a sua narrativa enfoca mais o aspecto espiritual de Jesus, ou seja, a vida e a obra
do Mestre com base no mistério da encarnação: o
verbo feito carne e veio dar a vida aos homens. Foi o apóstolo da elevação
espiritual, mais inclinado à contemplação que à ação. De acordo com Clemente de Alexandria, ordenou
bispos em Éfesos e outras províncias da Ásia Menor. Ireneu afirmou que os bispos Policarpo e Papias foram seus discípulos. Os primeiros
fragmentos dos escritos
Joanitas foram encontrados em
papiros no Egito datando de princípios do segundo século, e muitas escolas
acreditam que ele tenha visitado estas áreas.
Tiago
Apóstolo de Jesus Cristo nascido em Betsaida da Galiléia,
escolhido para ser um dos Doze, e nas várias listas dos Apóstolos dadas no Novo
Testamento é sempre citado entre os quatro primeiros junto comPedro, André e seu irmão mais novo João. Aportuguesado para Santiago, significando a junção
dos termos São + Tiago,
também é conhecido como o Apóstolo
Ambicioso. Também pescador e filho de Zebedeu e de Salomé,
estava com o irmão nas margens do lago Genesaré, quando Jesus os chamou.
Testemunhou a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5,37), a transfiguração (Mc
9,2-13) e a agonia de Jesus no horto do Getsêmani (Mc 14,32). De acordo com Isidoro de Sevilha, em De vita et obitu Sanctorum (71, Vida e morte dos Santos), após
a ascensão de Jesus, teria evangelizado a Espanha, tornando-se seu primeiro
evangelizador e depois seu patrono. Para revigorar esta tradição, no século IX
o bispo Teodomiro, da
cidade de Iria, afirmou
ter reencontrado as relíquias do apóstolo e desde aquela época, a cidade que
depois mudaria o nome para Santiago de Compostela, tornou-se importante meta de
peregrinações, especialmente durante a Idade Média. Conta-se também que após a
morte de Jesus, permaneceu em Jerusalém comPedro. Foi preso juntamente
com Pedro, e decapitado por ordem do rei Herodes
Agripa (At 12,2), depois da execução de Estêvão (35), diácono grego e exaltado
pregador cristão e personagem de grande importância na história de Paulo de Tarso. Foi, portanto, o
primeiro mártir entre os apóstolos de Cristo, o primeiro a dar a vida pela Fé.
Sua festa votiva é em 25 de julho.
Tiago, o menor
Apóstolo de
Cristo nascido em Nazaré, primo de Jesus e irmão de Judas Tadeu, também conhecido
como o Desconhecido, que o
evangelista Marcos chamou de o Menor para distinguí-lo de Tiago, irmão de João, entra em cena como bispo
de Jerusalém, após o martírio de Tiago, o Maior (42), e após o afastamento de Pedro de Jerusalém. Agricultor, era filho de Alfeu, um irmão de São José, e de Maria Cleófas, prima-irmã de Maria.
Tornou-se um membro altamente respeitado da recém-nascida comunidade cristã
em Jerusalém e é considerado o primeiro bispo de Jerusalém, cuja igreja dirigiu
por cerca de vinte anos (42-62). Também chamado de o Justo pelos primeiros cristãos devido à sua
grande piedade, sua imagem austera sobressai pela Epístola que dirigiu, como
uma encíclica, a todas as comunidades cristãs. Pertencem a ele as tradições
Judáico-Cristã preservadas no Evangelho dos Ebionitas, Evangelho dos Hebreus,
Elevações de Tiago, na última Epístola Canônica de Tiago e possivelmente em
outras obras associadas a seu nome como o Protevangelium,
embora haja dúvidas sobre isso. A sua epístola (carta dos Apóstolos e
comunidades cristãs primitivas) apresenta autênticos ensinamentos preservados
na tradição apostólica oral, com fortes expressões de admoestações e cujo texto
continua atualíssimo. Foi um observador da normas judaicas, defendendo que
estas normas deveriam fazer parte do Cristianismo. Com isso, tornou-se
adversário de Paulode Tarso nesta questão, mas também foi
conciliador e um pregador fervoroso do ensino de Jesus. Seus ensinamentos deram
origem à sucessão apostólica Cristã-Judáica de Jerusalém, que contribuiu para a
sucessão Síria, Jacobita, Armênia e Georgiana. A sua Liturgia, que se assemelha
àquela do Bispo Cyril de Jerusalém (386), parece ser um desenvolvimento
de 5 séculos através das tradições apostólicas de Jerusalém e é ainda usada por
certos ramos da ortodoxia. Durante a perseguição dos cristãos na Palestina,
segundo o historiadores Hegesipo, Clemente de Alexandria e o hebreu Flavius Josephus, o apóstolo
teria sido condenado por se recusar a denunciar os cristãos, sendo apedrejado
até a morte, por ordem do corpo religioso do Templo, dirigido pelo sumo
sacerdote Ananias.
Filipe
Um dos 12
primeiros apóstolos de Cristo e nascido em Betsaida, na Galiléia,
segundo os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas.
Perdeu o pai exatamente na ocasião em que conheceu o Divino Mestre e tornou-se
o quinto apóstolo na hierarquia de Cristo. Esteve presente na multiplicação dos
pães e na última ceia (Jo 1,43-45; 6,5-7; 12,20-22; 14,8). Após a morte de
Jesus viajou ao Egito, Etiópia (África) e ao Norte, e depois rumou para a
Grécia onde viveu em Hierápolis com suas quatro filhas, que eram profetizas.
Duas delas tornaram-se muito respeitadas por suas previsões. Era um judeu
helenístico e, antes de mais nada, um evangelista para as sinagogas judaicas de
língua grega da Cítia, Frígia e dos arredores da Grécia e Macedônia. No
Evangelho de João aparece como grande amigo do apóstolo Bartolomeu e cita que ele ficou profundamente
impressionado sobre o mistério
da Trindade relatado por
Jesus, durante a última ceia. O resto de sua vida não consta em nenhum relato,
assim como a sua morte. Consta que em sua mensagem preservava um belo misticismo
baseado na santidade do casamento.
Bartolomeu
Um dos 12
primeiros apóstolos de Cristo e nascido em Caná, a 14 quilômetros de
Nazaré, na Galiléia, e que foi apresentado a Jesus pelo apóstolo e seu maior amigo Filipe, sob uma figueira. Filho
de Tholmai e também conhecido como Natanael,
assim como Tomé,
era um viajante e atuou em áreas como Índia, Armênia, Irã, Síria e por algum
tempo na Grécia, com Filipe,
especialmente na Frígia. Além dos evangelhos de João,Mateus, Marcos e Lucas,
os Atos referem-se a ele como um dos Doze. Porém de suas atividades
apostólicas não há notícias certas. Uma tradição diz que ele trazia consigo o Evangelho Herético de Matias,
escrito em hebraico, e o perdeu. As poucas anotações que restaram da era
sub-apostólica e patrística indicam que este evangelho judeu era bastante
diferente dos evangelhos gregos gentis de Mateus, Marcos, Lucas e João,
assim como eram os tão chamados evangelhos judaico-cristãos heréticos dos
Nazarenos, Ebionitas e Hebreus, dos quais só restaram fragmentos.
Tomé
Um dos doze apóstolos de Jesus e israelita de nascimento e mais um
pertencia a uma família de pescadores, que ausente no momento em que o Cristo reapareceu aos discípulos, exigiu
destes provas materiais da ressurreição do Mestre e, por isso, Jesus ressurgiu e pediu-lhe que tocasse suas
chagas. Carpinteiro de origem e freqüentemente citado em passagens do Novo Testamento, nos quatro
evangelhos. O Evangelho de
João dá-lhe grande destaque.
Em 11,16,
cita que ele incitou os discípulos a seguir Jesus e a morrer com ele na Judéia dizendo
então aos discípulos: Vamos
também nós, para morrermos com ele! Foi
ele que perguntou a Jesus,
durante a Última Ceia, sobre o caminho que conduz ao Pai: Senhor, não sabemos para onde vais.
Como podemos conhecer o caminho? Diz-lhe Jesus: Eu sou o Caminho, a Verdade e a
Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim (João 14,5-6). Temperamento audacioso
e cheio de generosidade, percorreu as etapas da fé e professou que Jesus era
realmente Deus e Senhor. Ausente na primeira aparição duvidou dos colegas que
Jesus tinha voltado. Oito dias depois, achavam-se os discípulos, de novo,
dentro de casa, e o ascetista estava com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas,
pôs-se no meio deles e disse:A paz esteja convosco!. E lhe disse depois: Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos!
Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê! O apóstolo incrédulo respondeu Meu Senhor e meu Deus!(João
20,26-28), tornando-se o primeiro dos apóstolos a se dirigir a Jesus nestes termos. Ninguém até aquele
momento, nem mesmo Pedro e João,
havia pronunciado a palavra Deus dirigindo-se a Jesus. Também chamado Dídimo ou Gêmeo (seu nome, tanto em aramaico Te'oma como em grego Didymos significa gêmeo) era o terceiro apóstolo
em idade depois de Pedro,
mas ao contrário deste não era casado, assim comoBartolomeu, André, Simão, Judas e o próprio Jesus. Segundo as escrituras
foi em resposta a ele que Jesus introduziu o mistério trinitário:
"Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por
mim. Se vocês me conhecem, conhecerão também meu Pai...". Segundo o
bispo Eusébio de Cesaréia, do século IV,
depois da morte de Jesus,
o discípulo evangelizou a Pártia e, pela a tradição cristã posterior, estendeu
seu apostolado à Pérsia e à Índia, onde é reconhecido como fundador da Igreja
dos Cristãos Sírios Malabares ou Igreja dos Cristãos de São Tomé.
Consta que foi martirizado e morto (53) pelo rei de Milapura, na cidade indiana
de Madras, onde ficam o monte São Tomé e a catedral de mesmo nome, supostamente
local de seu sepultamento. Historiadores acreditam que o apóstolo foi morto
alvejado por lanças, quando orava. Sucumbiu como líder e mártir, como o crente
fiel que Jesus lhe pediu. Suas relíquias seriam
venerados na Síria e, depois, levadas para o Ocidente e preservadas em Ortona,
na Itália.
Mateus
Um dos doze
apóstolo de Cristo e escritor do primeiro dos três
evangelhos sinóticos, que tem sido o mais utilizado pela igreja. Em hebraico o
mesmo que Matias ou Matatias, significando presente (mathath) deJavé (Iah) ou dom de Deus, de acordo com o
seu próprio Evangelho, seu nome original era Levi,
filho de Alfeu, e
foi chamado por Jesus junto ao mar da Galiléia, em
Cafarnaum, quando trabalhava como publicano a serviço de Herodes Antipas. Era fariseu e publicano, ou seja, cobrador de
impostos, justamente a classe muito odiada na época de Jesus, por cobrarem encargos
dos judeus para serem entregues às autoridades romanas. A sua presença no
grupo de apóstolos indicava que Jesus buscava salvação de todos,
independente de origem, trajetória, família etc. E ele aproveitou a
oportunidade e transformou-se em um discípulo fiel, preocupado em demonstrar os
judeus que seu Mestre,
descendente da tribo de Davi,
era o Messias esperado. Apesar de sua profissão
anterior de coletor de impostos, foi Judas Iscariotes, porém, que teve
o encargo de caixa da pequena comunidade apostólica. Embora conste da relação
dos apóstolos, geralmente ao lado de Tomé,
o Novo Testamento oferece informação escassa e incerta sobre ele. Da sua
atividade após o Pentecostes,
conhece-se somente as admiráveis páginas do seu evangelho, primitivamente
redigido em aramaico. Denominado de primeiro
evangelho, nele há mais ênfase ao aspecto humano e genealógico de Jesus. Fora do
Evangelho, segundo Eusébio de Cesaréiaem sua Historia ecclesiae, a História da igreja, a única
referência histórica a seu respeito é uma citação do bispo Papias de Hierápolis, do século
II. Também não se conhecem versões conclusivas sobre sua morte, embora fontes
menos críveis, referenciam narrações dos sofrimentos e do seu martírio,
apedrejado, queimado e decapitado na Etiópia, de onde as relíquias do santo
teriam sido transportadas para Paestum.
Judeus Tadeu
Apóstolo de Jesus Cristo nascido na Galiléia, escolhido para
ser um dos Doze, e nas várias listas dos Apóstolos dadas no Novo Testamento, é
o mais desconhecido dos apóstolos. Nas listas dos 12 apóstolos, seu nome
aparece em décimo primeiro lugar e, a seu respeito, a Sagrada Escritura
conserva somente o nome, derivado de Simeão e significa Ouvido de Deus. Para
distingui-lo de Pedro, que
também se chamava Simão,
os evangelistas Mateus e Marcos lhe deram o sobrenome de Zelote (Lc 6:15) ou Cananeu. Os zelotes eram os patriotas de Israel,
lutadores pela pátria, que desejavam a imediata libertação política e religiosa
de Israel. Alguns estudiosos acreditam que Cananeu deriva de Canaã, a terra de
Israel. Esse apelido pode significar tanto a cidade de origem, como a sua
participação na seita ultra-nacionalista e não religiosa chamada de Os Zelotes, ou zeladores, conservadores das
tradições hebraicas que lutavam para a libertação de Israel dos Romanos. Como
os outros apóstolos, também percorreu os caminhos da Palestina pregando o
Evangelho. Da mesma forma que Felipe,
parece ter ido primeiro ao Egito, seguindo a tradição sinóptica de que Jesus
enviava seus discípulos aos pares. No entanto, parece ter voltado através da
África do Norte, Espanha e Bretanha, chegando à Ásia Menor. Deste ponto pode
ter viajado com Judas pela Mesopotâmia e Síria, juntado-se à
outros Apóstolos orientais na Pérsia.
Judas Iscariotes
Um dos 12
apóstolos de Jesus Cristo,
nascido em Kerioth, localidade da Judéia, foi o que traiu Cristo e cuja traição
deu origem a expressão beijo
de Judas que passou a
significar a traição. Único que não era galileu, era filho de Simão de Queriote (Jo 6, 71; 13, 26), sendo seu nome uma
helenização do nome hebraico Judá.
Por isso alguns estudiosos entendem que o nome Judas foi diabolizado no Novo
Testamento, com a intenção de agredir o povo judeu, como sendo responsáveis
morais pela morte de Cristo.
Durante muito tempo, a Igreja Católica associou a sua figura ao povo judeu por
não terem aceitado Cristo como o prometidoMessias e esta convicção tornou-se uma das
justificativas antissemitistas. Segundo as tradições foi um dos primeiros a
juntar-se a Cristo e provavelmente por isso e por ser um
dos poucos instruídos, tomou-se o tesoureiro dos Apóstolos, ou seja, foi
designado para cuidar do dinheiro comum. Por causa de seu amor ao dinheiro,
também foi enganado pelos sacerdotes que o induziram a mostrar onde estava Jesus a troco de 30 moedas de prata, que
naquele tempo correspondia ao preço de um escravo, prometendo que só o
prenderiam durante as festividades da Páscoa
Judaica. Depois da última
ceia, Jesus foi orar com os apóstolos no jardim de
Getsêmani. Aproximava-se da meia-noite, quando por entre os arvoredos do
Getsêmani, ele chegou acompanhado por um destacamento da guarda romana e grande
multidão de pessoas, com espadas, paus, lanternas e archotes, vindos por ordem
do Sumo Sacerdote José Ben Caifás, para prender
Jesus. O traidor conhecia muito bem os lugares onde O Salvador gostava de ficar e foi fácil localizá-lo.
Conforme o combinado, em troca de trinta moedas de prata, identificou-o para os
soldados romanos, beijando-o e chamando-o de mestre. Imediatamente preso os
soldados levaram Jesus para a casa de Caifás, onde também se
encontrava Anás, seu sogro
e diversos outros sacerdotes. Lá mesmo, improvisaram uma sessão extraordinária
do Conselho, o que habitualmente era realizado pela manhã no Templo, com a
presença de todos os membros. Conta Mateus (27:3-10), que ele se arrependeu
amargamente depois que viu a crucificação de Jesus,
jogou as 30 moedas aos pés dos sacerdotes e em seguida, dominado pelo remorso,
suicidou-se enforcando-se numa figueira.
As mulheres que
seguiam e serviam Jesus
Mencionar as seguidoras de Jesus é um aspecto surpreendente
nos Evangelhos, elas eram suas apoiadoras, testemunhavam a seu respeito, de uma
fé viva e tenaz é conhecida e reconhecia até hoje. No Evangelho de Marcos 15.
41, ele fala que elas o “seguiam e
serviam”. O termo servir nesse texto foi traduzido do grego diakonien, é traduzido por servir,
auxiliar, da raíz dessa palavra surgiu a palavra que nós conhecemos por
diácono, o que demonstra a importância que as mulheres tinham no ministério de
Jesus. Mas é Lucas que amplia as suas funções no ministério de Jesus,
corroborando a ideia de que elas “ apoiavam
Jesus e seus discípulos” . Há quem diga que esse “apoiar” seja simplesmente em serviços domésticos, de uma vez que o
papel da mulher judia no século I era limitado em uma casa, no desempenhar de
tarefas domésticas, como triturar a farinha, lavar, cuidar dos filhos, ,
arrumar e cozinhar. Até a idade moderna se considerou o papel das seguidoras de
Cristo assim, mas com novas
interpretações, chegou a novos horizontes e estudioso sugeriram que essas
mulheres sustentavam os pregadores itinerantes para que os tais realizassem
seus trabalhos.
Jesus era totalmente descompromissado com a tradição forjada
pelos homens em seus dias, a sua missão não era simplesmente espiritual, mas no
pacote da missão de Jesus, havia uma revolução radical que estava prestes a
desencadear, e as mulheres portanto integraram ao colégio apostólico de
Jesus. Cristo apoiou as mulheres, que o
seguiram por receberem suas curas, provavelmente eram mulheres marginalizadas
na sociedade, apenas Joana é descrita por sua família, de uma vez que seu
esposo era Cuza, um oficial de Herodes. Provavelmente ela largou a família para
seguir a Jesus. Maria Madalena é uma incógnita, de uma vez que ela é descrita
como a mulher que Jesus a libertou de sete espíritos malignos, as vezes ela é confundida
com a pecadora que Jesus a defendeu, ou com a pecadora que ungiu Jesus com as
lágrimas e enxugou com os seus cabelos. Eu acredito que Maria Madalena não era
uma pecadora em si, no sentido pleno da palavra. Mas a menção feita de ela ter
sido liberta de sete espíritos malignos, expressa a plenitude da ação demoníaca
em sua vida. Há uma possibilidade de que ela padecia de enfermidades
espirituais, a esquizofrenia e a epilepsia não podem ser descartados, eu penso
que ela padecia de uma alto grau de loucura e sua difamação era moral e não
sexual. Ela foi conhecida como prostituta devido o seu lugar de infância e
juventude, Magdal, era um povoado pesqueiro há seis quilômetros de Tiberíades,
e conhecido por ser um centro de promiscuidade de seus moradores.
Dentre as mulheres jazia, aquela que seria uma torre forte
entre os primeiros cristãos, Maria Madalena. Ela representa a pecadora redimida
é um modelo para todos os cristão.
A missão- Mateus 10. 1-8
Particularmente não posso acreditar que Jesus os tenha
forçado a abandonar as suas famílias para segui-lo. Eles abriram mão de tempos
fora de casa, sem a companhia de esposas, filhos, pais, mas não abandonaram no
sentido pleno. Largaram o emprego, sonhos, projetos para seguir a Cristo.
Constantemente me pego refletindo sobre o chamado desses
discípulos. É fascinante refletir a coragem de Jesus de chamar esses homens e
outro fascínio é o desses homens de aceitar o chamado de Jesus, quando este
ainda era um desconhecido. Aceitando o chamado do Filho do Homem, eles automaticamente
aprenderiam a surpresa de se apaixonar por ele e ter suas vidas para sempre
transformadas. Eles estavam dando um pulo no vazio de seus universos
particulares. Largando o conhecido pelo desconhecido. Sem promessas de
prosperidade nem de sucesso, tudo o que eles iam possuir nessa vida era uma
cruz, seus nomes escritos em um livro desconhecido em um lugar desconhecido por
todos eles. Foram noite mal dormidas,
aventuras em série, perseguição e muitas maravilhas vistas por eles. Seguir
esse Homem-Deus teve um alto preço, pago com suas próprias vidas, exceto o
apóstolo João que morreu de forma natural.
A missão deles não era resumidas em apenas milagres, por que
os milagres não são suficiente para convencer o ser humano, ele vai ficar
almejando por algo mais sempre. Mas esses homens, mudaram a humanidade com seus
ensinamentos. Leis foram estabelecidas por eles quando pregavam seus sermões. Nas
palavras existe um poder muito forte que emerge forjando milagres poderosos. Os
maiores milagres que eles contemplaram não foi a ressurreição dos mortos, os paralíticos
que andaram ou os cegos que viram, mas as vidas transformadas. O derramamento
do Amor pelo Espírito Eterno. Foi nas palavras do Mestre que eles encontraram
os mais belos milagres. O maior milagre operado por Deus, foi Ele ter se
tornado homem, habitado entre nós e dentro de nós.