24 setembro 2012

Adolecamp estimula adolescentes a fortalecerem vida espiritual

Palestras e workshops orientaram participantes sobre a importância de suas escolhas e da comunhão diária com Cristo

[ACP] Curitiba - Foi em meio à natureza do acampamento adventista, em São Luiz do Purunã, no interior do Paraná, que 350 adolescentes da região central do Estado repensaram a importância da vida cristã e da comunhão diária com Cristo para obterem sucesso em suas decisões.  Com o título Fiel como Daniel, a primeira edição do Adolecamp para a localidade ocorreu entre os dias 3 e 5 de agosto com uma agenda que incluía palestras, workshops, mensagens espirituais e atividades recreativas.



Em um cenário marcado cada vez mais por apelos à sexualidade precoce, ao consumismo e tantos outros chamarizes para quem está entre a faixa dos 13 e 17 anos, a proposta do evento era de levá-los a considerar os benefícios de servir a Deus e ser fiel em todos os aspectos da vida, assim como fez o profeta bíblico Daniel. 

As discussões estiveram voltadas à vida espiritual e sua relação com temas que dificilmente são abordados em outros ambientes, como escola ou o próprio lar, mas que são frequentes em rodas de amigos, televisão e sites da internet. Com isso, procurou-se mostrar que tais assuntos devem ser tratados com atenção, principalmente pelos resultados que suas escolhas podem gerar.

 "Para o adolescente, [o Adolecamp] não é só um momento de alegria, festa. Eles levam a religião a sério, querem se sentir aceitos por Deus e compreender melhor suas lutas. E aqui fazemos exatamente isso: mostramos os desafios da vida, mas apresentamos a solução, que é Cristo", argumenta a professora Jorgeana Longo, diretora do departamento de Adolescentes da Igreja Adventista para a região central do Paraná e organizadora do evento.

Ela lembra que um programa dessa natureza valoriza cada um dos participantes e ajuda a quebrar barreiras para que compreendam que são importantes não apenas para sua família, mas também para a Igreja. Na entrevista abaixo, a professora partilha o privilégio de trabalhar diretamente com eles e os resultados alcançados com a primeira edição do Adolecamp.

Por que é tão importante investir na vida espiritual dos adolescentes?

Jorgeana Longo: Nos últimos anos, o maior número de pessoas que foram batizadas em nosso território está na faixa etária de até 15 anos. Isso mostra claramente que somos uma igreja jovem. Portanto, temos grandes razões para investir na vida espiritual de nossos adolescentes. Ao contrário do que se pensa, o adolescente está sim preocupado e interessado em religião, mas em uma religião autêntica, coerente. Assim, por meio de projetos e programas diversos, elevamos o nível espiritual deles, buscando levá-los a viverem firmemente com Deus.

Que carências eles têm nessa fase?
Jorgeana Longo: O adolescente busca, como qualquer ser humano, ser ouvido, seu lugar na sociedade, na igreja. Mas na maioria das vezes são esquecidos. Muitas vezes são tidos por rebeldes, mas na verdade querem aceitação, amor, proteção, alguém que os escute e uma mão que afague, um coração disposto a ensinar o caminho.

Para isso, a primeira barreira que precisa ser rompida quando se trabalha com esse público é o preconceito. A adolescência não é esse bicho-papão que pintam, não. É uma fase linda da vida, uma busca pela identidade, da aceitação, da confirmação de ideais, princípios, e o que eles mais querem é alguém que realmente se importe, que saiba ouvir. Esse é o passo para o sucesso. Depois, para se trabalhar com eles é preciso desenvolver um coração aventureiro, alegre, correto, amante do Senhor, que esteja disposto a ensinar, a direcionar com o amor ao caminho que leva ao Céu.

De que maneira dar suporte a eles contribui com sua formação física e espiritual?

Jorgeana Longo: Pesquisas apontam que nos EUA 50% das pessoas que abandonam a igreja são adolescentes entre 13 e 15. Muitos cresceram na igreja, mas a abandonaram justamente nessa fase. As razões são diversas: amizades, desconforto, incompreensão. Se eles olharem para a igreja e pensarem: "aqui sou importante, a igreja se preocupa comigo, estou seguro", certamente será mais difícil atender aos convites do mundo. Viverão no mundo, mas serão servos do Senhor e isso faz toda diferença na vida espiritual que certamente será madura.
Eles entenderão os por quês de sua fé, confiarão em Deus e buscarão refúgio em meio aos problemas. Fisicamente estarão seguros, livres de drogas, vícios e doenças sexualmente transmissíveis, pois buscarão um viver puro. Pode parecer utópico, mas é exatamente isso que Deus faz com todo aquele que se decide por Ele: protege.

E qual é o papel do Adolecamp no sentido de contribuir para que se aproximem de Deus?
Jorgeana Longo: O Adole é primeiro um incentivo aos líderes, que ao trazerem seus adolescentes percebem melhor suas carências e se sentem motivados a lutar pelo viver ajustado desses meninos e meninas. Para o adolescente, não é só um momento de alegria, festa. Eles levam a religião a sério, querem se sentir aceitos por Deus e compreender melhor suas lutas. E aqui fazemos exatamente isso: mostramos os desafios da vida, mas apresentamos a solução, que é Cristo. Permitimos que participem, que realizem algo, que se sintam aceitos. Quando saem daqui, certamente entendem seu valor e importância para essa igreja. Se sentem amados e isso não pode ser mensurado, pois o impacto que a aceitação e valorização traz ao ser humano é grandioso.

Quão relevantes são os temas que foram discutidos durante o evento?

Jorgeana Longo: Os temas foram abordados de acordo com as necessidades gerais e naquilo que eles são mais provados: relacionamento (seja familiar ou outro), sexualidade, drogas, espiritualidade, música, comportamento. É nisso que falam, então falamos, esclarecemos. Os profissionais estão acostumados a tratar com esses assuntos e quando falaram aqui, vimos que alcançaram o objetivo. Nas palestras sobre sexualidade, por exemplo, em que meninos e meninas se separaram para discutir o tema pela ótica masculina e feminina, os psicólogos foram aplaudidos por eles sem que pedíssemos. Nos apelos dos pastores, foram solícitos. Você percebe no olhar e na atenção que é isso que eles querem. E que as duvidas foram esclarecidas.



E quanto aos workshops? Como eles envolvem os adolescentes e mostram os lados positivos e negativos de suas escolhas?

Jorgeana Longo: As atividades foram escolhidas de acordo com sua idade. O workshop é um momento de vivenciar, de aprender fazendo, de tomar decisão. Então, dispostos em grupos, com atividades que às vezes exigiam esforço como o cabo de guerra, ou concentração na pescaria, reflexão na tenda dos pecados capitais, ou mesmo ali nos corredores da vida, eles entenderam o que a vida é, como as oportunidades se apresentam e como podem escolher sempre o que é certo: Deus.

Não era o responsável pelo o workshop que dizia o que eles deveriam fazer, como deveriam pensar. Pelo contrário, as atividades permitiam que eles, por si só, entendessem qual a importância de suas escolhas e as consequências que cada uma traz, decidindo seguramente o caminho seguro.

Como eles, os coordenadores e pais avaliaram a iniciativa?
Jorgeana Longo: Fico muito feliz em ver os pais agradecendo, dizendo que o Adolecamp trouxe respostas exatas ao que eles precisavam. Um dos adolescentes me procurou no final do programa e disse: "Esse evento vai ficar para sempre no meu coração. Não vou esquecer jamais." Nas redes sociais você vê o carinho deles, as frases, fotos. Tenho certeza de que os coordenadores que ali estavam vão voltar para as suas cidades mais motivados para continuar esse trabalho lindo.

Como manter a espiritualidade deles até o próximo evento?

Jorgeana Longo: Treinamos os professores, seguindo o projeto Fiel como Daniel, que por meio de diferentes atividades recreativas, esportivas, beneficentes, espirituais, etc., levam o adolescente a estar integrado com a igreja e com seu semelhante. Se o professor utilizar as atividades propostas, desenvolver um classe de Escola Sabatina todas as semanas, em que eles possam se reunir, confraterniza-se, aprender mais de Deus, certamente eles continuaram crescendo espiritualmente.

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Na Coreia do Norte, milhares de cristãos são postos em campos de concentração

Enquanto o governo da Coreia do Norte se recusa a reconhecer a existência de presos políticos, milhares de cristãos e outros prisioneiros de consciência permanecem trancados em grandes campos de concentração que lembram o holocausto nazista

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Visto facilmente através de imagens de satélite, mas fortemente negado pelo governo, os campos de concentração norte-coreanos carregam o horror das prisões e torturas da época do Holocausto. Um livro, lançado no início desse mês, traça o perfil de Shin Dong-Hyuk, único homem que conseguiu escapar de um campo classificado como "zona de controle total". Depois de passar algumas semanas na lista dos mais vendidos, Escape from Camp 14 (Escapei do Campo 14, tradução livre) chamou a atenção internacional para a Coreia do Norte.

O país, frequentemente, enfrenta críticas de organizações de direitos humanos. A Portas Abertas EUA destaca a terrível situação em que vivem os crentes da Coreia do Norte: a isolada nação asiática ocupa a posição número um na Classificação de Países por Perseguição de 2012; de uma compilação de 50 países onde os crentes enfrentam mais perseguição religiosa. Estima-se um número entre quarenta e setenta mil cristãos que sofrem em campos de zona de controle total, onde as pessoas rotuladas como "pensadores errados" são enviadas para morrer.

Shin Dong-hyuk nasceu neste mesmo tipo de campo, em 1982. Em seu livro, ele admite que denunciou sua mãe e irmão aos guardas da prisão porque eles planejaram fugir sem ele. Como resultado, eles foram pendurados na frente de Shin e outros prisioneiros; ele próprio também foi torturado, como punição por seu "crime".

Shin disse ao jornalista americano Blaine Harden, autor de Escape from Camp 14, que ele “queria que as pessoas soubessem qual é o tipo de criança que vive nesses campos: extremamente leal aos guardas; que faria qualquer coisa para conseguir mais alimentos".

As condições nos campos de prisioneiros norte-coreanos são semelhantes aos campos sob o inesquecível regime de Hitler, Stalin e Mao. "Prisioneiros políticos" trabalham, essencialmente, até a morte; enquanto são submetidos a torturas físicas e psicológicas graves. A Portas Abertas revelou que a carga horária básica de trabalho são 18-20 horas por dia, com pouca ou nenhuma comida. Para complementar a ração que recebem para comer, os presos consumem qualquer coisa comestível, incluindo cobras, ratos, insetos, raízes e ervas.

Em abril, a Comissão Norte-Americana para os Direitos Humanos na Coreia do Norte lançou um relatório baseado em entrevistas com 60 ex-prisioneiros e guardas. O relatório de duzentas páginas descreve prisões localizadas principalmente nas regiões montanhosas do norte, rodeadas por arame farpado e cercas elétricas – cercas que Shin escalou na esperança de escapar, usando o corpo de seu melhor amigo como isolamento contra a corrente mortal.

Em 2009, a Coreia do Norte declarou ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas: "O termo ’preso político' não existe no vocabulário da DPRK (sigla em inglês que, traduzida, quer dizer República Democrática Popular da Coreia); acampamentos dos prisioneiros chamados ‘políticos’ não existem”. De acordo com o relatório de abril, ex-prisioneiros foram capazes de identificar seus locais de trabalho, áreas de execução e outros marcos usando imagens de satélite disponíveis no Google Earth.

Greg Scarlatoiu, diretor executivo do Comitê para os Direitos Humanos na Coreia do Norte, disse que, enquanto a Coreia do Norte tenta esconder as realidades terríveis de Pyongyang, mais de trinta mil desertores norte-coreanos fugiram do país.

Ore em favor dos crentes presos na Coreia do Norte. Peça a Deus para sustentá-los e para que eles possam ser libertos. Clame por mudanças que só podem ser trazidas através do Evangelho.
FonteMission Network News

Perseguição resulta em demolição de Igreja Protestante em Moscou

Marcada pelos anos de Guerra Fria, como ex-potência soviética; o governo da Rússia passou longos anos lutando contra o crescimento das Igrejas em seu território. Hoje, tanto tempo depois dos conflitos entre capitalistas e socialistas, o cristianismo continua sofrendo com visões preconceituosas e contrárias do Estado. "A Rússia precisa de paz".

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No início da semana passada, cristãos russos sabiam exatamente o que a destruição da Igreja da Santíssima Trindade significaria para a liberdade religiosa na ex-União Soviética.

"Foi a primeira vez, desde a revolução de Lênin e Stalin, que uma igreja foi vandalizada e destruída", disse Wade Kusack, representante dos Ministérios da Rússia. À luz dos recentes acontecimentos, surge um horizonte obscuro no país e o futuro parece opressivo.
"É um sinal", disse Kusack. "Este é um claro sinal de todos os outros grupos que detestam protestantes na Rússia."

A congregação da Igreja da Santíssima Trindade ainda se reuniu com seu pastor, no domingo, em adoração a Deus, perto das ruínas de sua antiga sede. Dois dias depois, funcionários do governo mantiveram o líder cristão sob custódia da polícia por três horas, e o interrogaram sobre a "reunião ilegal" que manteve com os demais irmãos.
"Reuniões não autorizadas são proibidas por lei e podem ser punidas com até quatro anos de prisão ou multas enormes, de até 15 mil dólares, relatou Kusack. "Ele também foi ameaçado caso não cancelasse os encontros de cristãos."
A polícia usou táticas de intimidação, dizendo ao pastor que, se os crentes se reunissem novamente, mais pessoas seriam presas e ele poderia enfrentar a prisão por tempo indeterminado. Oficiais usaram uma lei recente como base de suas ameaças, que afirma que reuniões ao "ar livre" não podem ser realizadas sem a permissão do governo.
"Eles alegam que o prédio não pertence mais à congregação", explicou Kusack. "A propriedade está destruída, e a igreja não pode cultuar mais lá. Eles chutaram os cristãos para fora; os colocaram na rua e disseram, 'Nós não os conhecemos, não gostamos de vocês’," disse o representante Wade Kusack.
Como os cristãos russos reagiram?
"Eles afirmaram que vão adorar a Deus independentemente das circunstâncias", disse Kusack. "Vamos ver o que vai acontecer no próximo domingo. Autoridades não têm arrependimentos sobre o ocorrido, e acho que vão ser mais duras com os cristãos."
Peça a Deus pela proteção dos crentes que enfrentam ameaças e perseguições
De acordo com Kusack, a situação da Igreja da Santíssima Trindade resume a nova postura do governo em relação às Igrejas em toda a Rússia. Autoridades exigem que as congregações protestantes deixem certas áreas, mas quando essas tentam alugar um prédio em outro local, funcionários estatais negam suas solicitações.
"Eles procuram empurrar as Igrejas para longe de grandes cidades, como Moscou", afirmou Kusack.
A igreja citada tem buscado a justiça através dos tribunais russos, mas não está otimista sobre os resultados. Ore em favor dos cristãos russos perseguidos e peça a Deus pelas autoridades russas. Acima de tudo, clame pela paz na Rússia.
"A situação está ficando cada vez pior e as tensões estão crescendo", disse Kusack. "A Rússia precisa de paz."

19 setembro 2012

Amigos e familiares de blogueira cristã são presos no Vietnã

A polícia vietnamita prendeu amigos e familiares de Dang Thi Kim Lieng, a mãe de uma blogueira cristã que ateou fogo em seu próprio corpo em protesto contra a prisão de sua filha. A família tem sido apontada pelo governo comunista como "reacionária" desde a manifestação marcada pela autoimolação, no final de julho
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A prisão ocorreu domingo (16), durante evento que reuniu familiares e amigos em memória à morte de Dang Thi Kim Lieng, a mãe de uma blogueira cristã, que ateou fogo em si mesma, no final de julho, em protesto à prisão de sua filha.

Dois seguranças à paisana levaram outra filha de Lieng, Ta Khoi Phung, e cinco amigos em um carro, após a cerimônia de 49 dias desde sua morte, na casa de sua família, na cidade de Bac Lieu.

Eles foram encaminhados a uma delegacia, onde policiais os questionaram separadamente, por quatro horas, sobre um acidente, e acusou-os de tirar fotos de um prédio do governo antes de sua liberação, às sete horas da noite de domingo.

"Prenderam-nos como se fossemos criminosos", disse Phung. Durante o tempo em que ficou detida, a polícia também confiscou seu telefone celular.

Entre os demais obrigados a prestar depoimento, estava o líder cristão Anthony Le Ngoc Thanh e Duong Thi Tan, um blogueiro, já interrogado anteriormente.

A filha de Lieng, Marie Ta Phong Tan deve ir a julgamento em 24 de setembro, acusada de infrações, incluindo ameaça à segurança do Estado. A cristã publicava textos pedindo justiça às minorias religiosas e demais civis que tinham seus direitos violados; questionando práticas do governo comunista, claramente contrário ao cristianismo. "Membros da família irão participar do julgamento", disse Phung.

Seu irmão, Ta Minh Tu, disse que todos os familiares de Marie são vistos como "reacionários" e têm sido "isolados” por causa da autoimolação de sua mãe, em 30 de julho desse ano.

Vizinhos não se atrevem a ter qualquer contato com eles, por medo de que também sofram retaliações por agentes do Estado.

Tu acusou o major-general Do Viet Thang, diretor do Departamento de Segurança Pública de Bac Lieu, de liderar uma campanha de perseguição contra a sua família.

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FonteUCA News