15 outubro 2011

Cartas do Sofrimento de Charles Spurgeon nº15

Cartas do Sofrimento de Charles Spurgeon nº15

Domingo, Março 20, 2011
Menton
7 de Janeiro de 1880

Queridos irmãos

O sr. Staff acaba de me entregar a amorosa carta de vocês. Apresso-me a agradecer-lhes de todo coração. Só irei comentar-lhe isso: minha saúde encontra-se em tal condição que irei aceitar tomar mais um descanso de pelo menos uma semana, assim, terão que me substituir no púlpito imediatamente próximo domingo. Sugiro que me substitua o sr. Wood de Holloway.

Escrevo essa nota agora, para aproveitar o correio, mas amanhã irei lhes escrever mais largamente. Que Deus os abençoe  sempre.

Afetuosamente,

C.H.Spurgeon

NOTA: O ano de 1880 foi de muita atividade no Tabernáculo, ano em que incorporaram-se mais de 450 novos membros, Desde 1868, 511 estudantes tinham passado pelo Colégio do Pastor, os que, segundo informação disponível, batizaram 39.000 pessoas. Em Junho, foi colocadas as placas comemorativas de quatro casas designadas para abrigarem 50 meninas órfãos, formando assim um novo orfanato alem do Orfanato para meninos de Stockweel. Spurgeon e seus editores cpbriram os custo de uma das casas, chamando-a de "Sermon House"

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Menton
28 de Dezembro de 1879

Meus queridos amigos

Agora que estamos iniciando nossos serviços especiais, os exorto a trabalhar como um só homem para que tudo resulte em êxito. A obra do Senhor é enviar a bênção, porem, como regra, Ele começa a trabalhar nos pecadores despertando antes que nada a Seu povo. Nós cremos na graça, e somente na graça, mas sabemos por experiência que o verdadeiro avivamento não é uma aboboreira que brota inesperadamente enquanto os homens dormem, mas sim que, como o anjo de Belém, visita a aqueles que se mantém vigilantes sobre seus rebanhos durante a noite. Para nós a graça é como o vinho novo, refrescante e inspirador, e não como uma poção sonífera que gera sonolência da inércia. O sr. Smith e o sr. Fullerton, que dirigem os serviços demonstraram sua idoneidade para o posto por seu êxito em outras congregações. Se o agrado do Senhor não prospera em suas mãos entre nós, será culpa nossa, e não Sua.


O que se requer é, antes que nada, muita oração. Todo o povo do Senhor pode integrar-se a essa atividade. Assistam à reunião de oração do meio-dia, sendo possível, e se não, de igual maneira, orem. Sem o Espírito Santo não somos nada, e unicamente a oração pode obter Sua ajuda. O seguinte passo prático é dar a conhecer as reuniões. O povo não pode vir aos serviços de desconhecem que esses estão acontecendo em uma ou outra reunião. O gasto publicitário é muito grande se deixado somente as autoridades de casa que o façam - mas, se cada pessoa divulgasse as notícias,  teria-se assim um meio de publicidade muito mais efetivo, e podendo se realizar em grande escala, com muito pouco desembolso. Se não podem pregar o Evangelho, ainda assim, podem ganhar uma alma dando a conhecer que o Evangelho está sendo pregado. 

A terceira ação necessária é levar as pessoas. Persuadam seus amigos e vizinhos a que assistam às reuniões. Percorram todo um distrito. Façam visitas casa em casa para entregar convites. "Força-os a entrar" (Lucas 14:23); e depois de terem feito isso, falem pessoalmente com as gentes. Falem em nome de Jesus, ainda que seja com lábios balbuciantes, tanto antes como depois das mensagens dos pregadores. Os bons sermões precisam de um seguimento posterior por meio de súplicas pessoais. Deus abençoa com frequência os débeis esforços; na verdade, Ele não permite que o verdadeiro esforço caia em terra. Como desejaria poder persuadir a TODOS os membros da igreja participarem na Guerra Santa! Deus sabe quanto desejaria poder estar com vocês nessas circunstâncias. Minhas debilidades impedem-me de participar do campo da sagrada ação, mas meu coração os vigia. Assim como serviram ao Senhor em minha presença, também peço-lhes que sirvam a Ele muito mais em minha ausência - que, sendo possível, minha falta de serviço seja compensada pelo excedente do trabalho de vocês. Não só precisam desempenhar seus próprios trabalhos, mas sim o meu também. 

Sejam pastores para os cordeiros e para as ovelhas desgarradas. Se não podem ocupar o púlpito, apregoem a mesma 'velha, velha história' que é a única mensagem que é ressoada durante muitíssimos anos. Eu envio meu mais fervente amor cristão a seus amados diáconos e anciãos, suplicando a todos vocês, a todos juntos, que se unam no serviço do amor com todas suas forças.

Seu afetuosamente,

C.H.Spurgeon

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NOTA
 essa carta foi publicada em 'The Sword & the Trowel' do mês de Fevereiro de 1880 com esse comentário: "

Incluímos a seguinte carta que enviamos a casa, porque poderá mostra a outras igrejas como a totalidade dos membros pode ajudar nos serviços especiais, e alcançar o sucesso com a bênção divina."

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 Hotel de la Paix, Menton
4 de Dezembro de 1879

Queridos amigos

Tinha eu a esperança de preparar um novo sermão para vocês essa semana, porem, em vez disso, estive completamente fora de combate, e grandemente impossibilitado de usar meu cérebro para pensar, e minha mãe de escrever com ela. Deverá ser bom que me veja nulo assim periodicamente na inutilidade, porem eu desejaria ser apto para que me fosse concedido o privilégio de uma constante atividade. Algumas ferramentas não estão construídas de um a maneira o suficientemente boa para receber um constante uso - muito de seu tempo deve ser empregado em reparações. Rogo-lhes que orem por mim, para que em meu caso, as reparações sejam bem feitas, e para seja fortalecido para desempenhar um maior e melhor serviço para meu Senhor do que lhe tenho prestado até esse momento.

O sermão dessa semana é tocante a um assunto muito próximo a meu coração. Oh, que fosse lido com uma atenção prática que fora condutor a ser implementado! Ganhadores de almas é o que precisamos nesses tempos. Todos nós falamos e planejamos o suficiente, porem, viver na vida de Deus é sair no poder divino que deriva-se dessa vida para arrancar os pecadores da fogueira, são coisas extremamente raras.

Recebam, queridos amigos, o mais acalentado afeto de seu pastor que sofre muito, 

Seu amante pastor e amigo de coração

C.H.Spurgeon

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NOTA
 O sermão referido nessa carta Spurgeon o nomeou: 'A Salvação das almas deve ser nossa única ocupação' , e está baseado em 1 Coríntios 9:22, que contem razões expostas por Paulo para fazer do evangelismo a maior prioridade de seu ministério.

"Peço a cada obreiro aqui presente que seja diligente para não deixar de apontar a esse alvo, e de apontar bem no centro do alvo, que dizer, ganhar almas para Cristo, e vê-las nascer para Deus e lavadas na fonte repleta com sangue. O coração dos obreiros devem doer, desejar, e suas gargantas clamarem até ficarem roucas, mas também devem de julgar que não conseguiram nada absolutamente até que ao fim, em alguns casos, os homens sejam realmente salvos." (sermão nº1507, 1879)




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 Hotel de la Paix, Menton
24 de Novembro de 1879

Queridos amigos

Depois da primeira semana fui vitima dessa insidiosa infecção reumática que parecia estar em minha constituição. e estive enfermo agora esses nove dias, afetado primeiro em meu pé direito, e logo em minha mão esquerda.  Foi um motivo de grande agradecimento para mim que o ataque, apesar de ser doloroso, sobreveio-me quando se requeria que ocupasse o púlpito, ou que estivesse envolvido na obra de meu Senhor : e, além, foi consolador que estivesse em um clima quente e seco, onde tudo está a meu favor. Pela bondade de Deus estou sendo atendido cuidadosamente por um dos mais hábeis doutores, que tem sido meu amigo por vários anos, o dr. Bennet, e com a bênção divina, espero recuperar-me logo. Já posso caminhar, e se não fosse porque minha mão está bastante inutilizada e todo meu braço molestado, poderia dizer que o ataque já passou. Escrevo-lhes não só para enviar meu amor a todos meus queridos amigos do Tabernáculo, mas sim também para mencionar-lhes minhas preocupações pelo pobre povo que sofreu pelas inundações que ocorreram  na área.

Espero que o Tabernáculo não fique para trás em fazer algo para ajudar. Lhes deixo ao critério dos lideres, para que sejam, eles os que digam o que há de fazer. Eu contribuirei alegremente com 50 libras esterlinas e considerarem que há escassez de fundos. Devem formar um comitê para ajudar em primeiro lugar a nossos próprios irmãos pobres, e logo a todos os demais que poderiam estar necessitados. Em todo caso, seria muito doloroso para mim estar ausente quando a necessidade nos apressa, e como estou ausente em pessoa, escrevo para mostrar que em espírito não o estou. Confio sinceramente que os irmãos que lhes serviram em minha ausência, tenham sido aceitáveis para os santos, e tenham sido o instrumento de conversão dos pecadores, e que os serviços especiais tenham produzido grandes resultados.

Não menciono o nome de ninguém em particular nessa breve nota, porem envio meu amor a todos meus muito amados assistentes, diáconos, anciões e membros - nunca foram mais amados que agora.

Por favor, orem por mim. Que o Senhor os abençoe como só Ele pode fazê-lo.

Seu amante pastor e amigo de coração

C.H.Spurgeon

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NOTA: Spurgeon regressou de Menton em Novembro. A inundação referida foi o resultado de uma espantosa seca no verão. Um posterior clima frio e chuvoso retardou o amadurecimento da colheita, de tal forma que os frutos não se tinha colhido ainda no Natal, contribuindo a uma séria depressão para agricultura Britânica da época

Enquanto Spurgeon se encontrava ausente, a sra. Hillyard, fundadora e patrocinadora dos Orfanatos encabeçados por Spurgeon e o Tabernáculo Metropolitano, faleceu. Suas ultimas palavras foram: Meu bebês! Meus bebês!"

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 Hotel de la Paix, Menton
14 de Novembro de 1879

A minha igreja, congregação e leitores dos sermões

Queridos amigos:

Durante minha ausência, vocês esperam ter noticias minhas por meio de uma pequena nota agregada ao final do sermão semanal. O amável interessese sugerido por essa expectativa é algo muito valioso para mim, e por essa razão não a decepconarei. Prefiro correr o risco de ser egoísta antes que tratar o afeto cristão com frieza. Não há muito disso no mundo, e onde sobrevive, deve ser cultivado. Eu sou favorecido com amor fraternal mais que a maioria dos homens, e estou grandemente agradecido por isso.

Comecei um curto período de descanso nessa encantadora região. Aceitando o conselho dos médicos, sai antes de que as condições reumáticas me prostrassem, e espero poder escapar de meu ataque rotineiro nesse clima propicio, e acumular forças para logo voltar em meados de Janeiro, fortificado para suportar o resto do inverno. Em ocasiões anteriores, a maior parte de minha folga passei recuperando-me lentamente da debilidade corporal e da depressão espiritual, porem, dessa vez confio em que usarei para ordenar os pensamentos e acumular forças para uso futuro. Orem por mim para que assim seja, pois eu desejo veementemente continuar com a obra do Senhor sem enfrentar sérios obstáuclos causados pela enfermidade de anos anteriores.

Queridos amigos em casa, suplico-lhes que não permitam que nada os faça decair. Animem por meio de sua presença àqueles que pregam em minha substituição. Mantenham as reuniões de oração e os serviços de meio de semana, e sustentem a oferenda para o Colégio do Pastor, que nesse momento é insuficiente. Se requerem mais de quarenta libras esterlinas cada semana para chegar ao total de 1879 libras esterlinas. 

Sempre preparo cuidadosamente o sermão semanal, e não resultará menos interessante simplesmente por não ter sido pregado domingo passado. O discurso será tão novo para  a maioria de meus leitores como se tivesse sido pregado ontem, já que não o viram nem escutaram antes jamais. Espero poder escrever uns quantos sermões curtos debaixo das oliveiras, e farei o melhor para que venham a ser interessantes. Rogo a meus leitores, portanto, que não imaginem que minha ausência de Londres estabelecerá alguma diferença quanto a publicação semanal desses sermões. Espero que o repouso contemplativo permita-me pregar melhor quando regresse, porem, de outra maneira, minha ausência temporária da Inglaterra não afetará a publicação semanal regular do "Púlpito do Tabernáculo Metropolitano."

Faz aproximadamente um mês, o sermão nº 1496 intitulado "Entre Leões" gerou um interesse incomum. Espero que o presente sermão nº 1504 "Os Dromedários," sejá considerado igualmente útil, ainda que não é um consolo para os caluniados, mas sim um estimulo para os que são ativos.

Com fervente afeto cristão

Seus de coração

C.H.Spurgeon

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 Menton
5 de março de 1879


Com grande gratidão para com Deus posso reportar que minha saúde e meu ânimo estão totalmente recuperados. Ainda estou longe de ter força em meus pés e depois de uma breve caminhada, sofro de dores dos joelhos, mas mesmo isso está melhorando, e tenho todas as razões para esperar e para crer que no tempo designado serei plenamente capaz de reassumir meu amado trabalho. Desejo apresentar amorosas saudações a todos os queridos membros de minha igreja, e desejar a cada um deles todas as bênção.

C.H.Spurgeon

NOTA de Allan Roman, tradutor: Spurgeon regressou a Londres em Abril muito recuperado de saúde. O serviço do domingo de Páscoa foi de ação de graças, e baseou-se no Salmo 145:7 :"Proferirão abundantemente a memória da tua grande bondade, e cantarão a tua justiça"

No mês de maio aconteceu a celebração da reunião especial que marcava os 25 anos de Spurgeon como pastor. Ele explicou por que deu tudo ao "Fundo testemunhal' ( os presentes que recebeu), à obra do Senhor, com essas palavras: "Quando entreguei0me a Ele no principio, para ser Seu ministro, nunca esperei que me fosse dado exceto a roupa que devia colocar e o pão para comer. Lembro quando meu salário anual era de 45 libras esterlinas ao ano. Bem, não o sei, mas creio que tinha mais dinheiro disponível então, do que tenho agora. Não tinha tantas obrigações - nunca queria nada.  Quando cheguei a Londres, desejava guardar o sentimento que existia em mim de servir a Deus por completo, e entregar-me eu, e tudo o que possuía, inteiramente a Ele, e ser um homem comum dependendo da liberalidade de Deus... Algumas vezes, recebo solicitações de empréstimos de centenas de libras esterlinas,de gente que supõem que eu sou um homem muito rico. Nunca fui um homem rico , e nunca o serei; e, no entanto, sou o homem mais rico da Inglaterra, se podem decifrar isso, porque não existe nada que eu queria na terra que não o tenha. Não tenho nenhum desejo que não seja gratificado e satisfeito, exceto que sempre quero estar fazendo mais por Jesus Cristo, se fosse possível.

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 Menton
20 de fevereiro de 1879

Queridos amigos

Quando essa nota seja impressa, os serviços especiais do Tabernáculo estarão chegando a sua conclusão, e será conveniente espalhar a semente com renovadas súplicas. Será em vão tanto esforço? Não pode ser - e , no entanto, tudo depende da obra poderosa do Espírito de Deus, e portanto, busquemos seu rosto se queremos ver grandes resultados. Sugiro que cada leitor do sermão(*) dedique um tempo especial de oração domingo próximo, e suplique pelo avivamento da religião evangélica. O periódico The Times pronunciou o repouso fúnebre dos que crêem no Evangelho, porem esse grupo não está morto nem sequer na Igreja Estabelecida (a Igreja Anglicana), e verdadeiramente, tampouco entre os 'não-conformistas'. No entanto, oraremos para que mostre uma vida mais vigorosa. Há necessidade dessas súplicas, porem devem ser apresentadas com fé e santa importunidade. Que assim seja.

Enquanto a mim, só uma palavra. Estou recuperando-me, e o descanso está restaurando minha mente e meu coração. 

Orem por mim.

Seu servidor de sempre

C.H.Spurgeon

(* NOTA) O sermão publicado foi o nº1460: A Comida e Bebida da Nova Natureza; essa carta foi publicada em anexo ao sermão

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 Menton
6 de fevereiro de 1879

A minha igreja e povo

Espero e rogo que os serviços especiais do Tabernáculo ultrapassem aos que tem tido lugar previamente.

Para exorta-lhes à máxima entrega a esses serviços, escrevi um breve sermão que será publicado essa semana(*). Proporcionariam-me um grande alegria saber -  e estou seguro que assim será - que nessa, como em outras obras da Igreja, estão saturados de zelo e constância.

Minha principal preocupação é que a obra do Senhor não sofra por minha ausência. Suplico-lhes encarecidamente que não permitam que isso suceda em algum ponto ou em algum nível.

O clima úmido e cinzento que nos alcançou nesse lugar retardou de alguma forma meu progresso até a saúde e o vigor, de tal maneira que permaneço sendo um viajante muito frágil; no entanto, melhorei substancialmente, e sinto que minha mente e meu animo estão em melhor condição devido o descanso.

A todos vocês, lhes envio, desde o fundo do meu coração, meu sincero amor em Cristo Jesus.

Me reitero seu para servir-lhes enquanto haja vida em mim

C.H.Spurgeon

(* NOTA) O sermão publicado foi o nº1457: Os buscadores encaminhados e animados; essa carta foi publicada em anexo ao sermão

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 Menton
Janeiro de 1879

Queridos amigos:

O sermão que lhes envio é tão longo que só posso acrescentar uma ou duas linhas referentes a mim. Irei reduzir-me ao mínimo enquanto a mim. Os calorosos dias ensolarados dos que desfrutei nesse lugar de descanso, pela benção de Deus, estão devolvendo-me a saúde e o vigor. Serei feliz, em verdade, se meu vigor espiritual e mental sejam renovados também, ao me ser tirado o cuidado diário que me oprimia - se assim sucede, meus ouvintes serão os ganhadores, pois toda minha fortaleza já foi e será empregada em meu ministério.

Dá muito gosto ouvir que já estão começando os serviços especiais no Tabernáculo, e suplico a todos os irmãos de lá que disponham todas suas energias nesses serviços. Orem para que o Espírito Santo trabalhe poderosamente e glorifique ao Senhor Jesus em meio das congregações, e logo, coloquem-se a trabalhar para atrair ao povo que se encontra fora. Reuná-los! Tragam-lhes dos becos e dos caminhos, e encham o festim do Evangelho! Vocês contam com pregadores que Deus tem abençoado amplamente, porem, como esses poderiam beneficiar as pessoas, se essas não assistem para escutar-lhes? Dêem a conhecer os serviços, e pressionem aos que usualmente não assistem à adoração pública, para que o façam. Desejamos ver que as almas sejam salvas, não é certo? Meu coração não pode estar satisfeito enquanto os homens estão sendo condenados. No momento, não posso estar pregando em meio das multidões, mas desde o mais íntimo de minha alma oro por aqueles aos quais lhes é concedido esse privilégio, e por vocês também, que possuem a alegria de ajudar na obra do Senhor.

Estou obrigado a agradecer esses generosos amigos que continuam enviando a ajuda para as diversas obras sob meu cuidado: que o Senhor os recompense. Para todos e cada um de meus ouvintes, e de meus leitores envio de todo coração minhas saudações cristãs

C.H.Spurgeon

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Nightingale Lane, Balham, Surrey
(Pouco antes de que Spurgeon viajasse a Menton, em 15 de Janeiro de 1879)

Queridos amigos:

Lhes alegrará saber que sinto-me verdadeiramente melhor, e agora só tenho que superar a extrema debilidade que me restou da dor. Os diáconos e os anciãos me pediram por unanimidade que eu tome três meses de descanso, e já que creio que representam bem à Igreja, e já que vejo também a necessidade de seguir seu amável conselho, farei o que me prescrevem, se Deus assim o quer. Elevo minha sincera oração para que durante minha ausência nenhum interesse sofra e nenhum santa obra se debilite. Eu ocuparia deleitosamente meu posto, mas não posso fazê-lo. Portanto, todo o que posso fazer é oferecer minha oração por aqueles que ocuparão meu lugar, para que os alimentem com conhecimento e entendimento, e para que suas almas este cheias de vida e atividade diante do Senhor.

Novamente agradeço desde o mais intimo de meu coração aos que fizeram, mediante sua generosidade e diligência, que 'a Homenagem'* fosse um sucesso tão maravilhoso. É surpreendente considerar como que tão adequadamente, sinceramente e felizmente se levou a termo tudo. Porem, agora, devemos desejar a bênção espiritual, que será ainda mais prodigiosa. Desejaremos essa bênção, buscaremos ela e trabalharemos por ela. As reuniões que serão realizadas em Fevereiro, se não seguidas com zelo universal, constituirão uma bênção de Deus, nos trarão um grande avivamento e um grande crescimento. Oh, que viesse essa bênção

Eu estarei longe, mas meu coração está sempre com vocês. As paz e o gozo no Senhor sejam para com toda a amada Igreja

Seu afligido pastor,
C.H.Spurgeon

_________
NOTA: a Homenagem citada marcava as bodas de prata de Spurgeon, depois de vinte e cinco anos como pastor do Tabernáculo Metropolitano. Recebeu várias contribuições e as doou totalmente aos Asilos e suas a outras instituições. Também recebeu de presente um relógio para seu escritório ( esse ele guardou, hehe - Armando)


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Menton, sul da França
28 de fevereiro de 1878

Queridos amigos:

Alegro-me de que o tempo de meu regresso para vocês seja agora um assunto de alguns quantos dias, e tenho toda esperança, se Deus assim o quiser, de regressar com uma saúde reestabelecida e uma mente restaurada. Talvez nunca antes meu espírito se viu tão abatido, porem, nunca havia sido restaurado mais misericordiosamente. Que o Senhor santifique tanto a prova como a recuperação, de tal maneira que eu possa ser um instrumento mais apto em Sua mão para promover Sua glória e o maior bem para vocês.

A ultima quinzena de descanso adicional foi sabiamente prescrita por uma mão superior da que a dos bons diáconos que sugeriram ela, pois sem esse repouso eu não teria todo o espaço para superar um ataque de dor que me sobreveio, e que me depurou muito por sua violência. Os últimos dias serão os melhores de todos, parece-me, quando já não tenha eu que estar atento à recuperação, mas sim, estarei completamente descansado.

As boas noticias do Tabernáculo continuam sendo como água fresca para uma alma sedenta. Vocês usufruíram de maravilhosos tempos de refrigério - espero que sua influência permaneça em vocês. Não devem dormir em meu regresso nem em nenhum outro momento, antes, devem continuar trabalhando consistentemente, velando pelas almas. Os esforços esporádicos ajudam muito, mas manter o passo em um alto e constante nível é o mais importante. Inclusive um inválido pode levar a termo um grande esforço quando alguma notável ocasião lhe induz tal, porem, um constante e vigoroso esforço pertence somente aos que possuem força vital e muita energia. Espero que toda nossa igreja demonstre ser potente no Senhor e no poder de Sua força, ao desempenhar crescentemente sua obra de fé e seu trabalho de amor.

Nesses dias somos considerados como puritanos e antiquados, e disso, assim confio, nunca nos envergonharemos, antes, ostentaremos como um ornamento. A velha fé ortodoxa não é para nós um credo desgastado de eras passadas, mas sim uma coisa de poder, um gozo para sempre. No nome do Senhor que é honrado por essa fé, prosseguimos adiante proclamando uma e outra vez as doutrinas da graça de Deus, a eficácia do sangue do Divino Substituto, e o poder do Espírito Eterno - e nos sentimos seguros de que, sem importar quem se oponha, o Evangelho onipotente prevalecerá. As multidões têm fome desse pão antiquado com que seus pais se alimentaram, e demasiados pregadores lhe dão agora pedras recém lavradas, e lhes pedem que admirem as habilidade dos escultores modernos. Nós temos a intenção de apegar-nos à distribuição do pão e os pedreiros não competirão com nossa competência em sua diversão favorita. Irmãos, somente uma Igreja viva, santa, cheia de oração e ativa pode dar a vitória à velha verdade. Vinculada à massa de meras profissões, não realizará proeza alguma. Para vocês e para mim, há um crescente chamando para uma maior espiritualidade, e um maior poder divino, pois o trabalho que temos adiante aumenta em dificuldade.

Que o Senhor esteja com todos vocês, e com seu pastor, diáconos e anciãos

Isso pede seu amante pastor,
C.H.Spurgeon

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